Explorer Spirit, das cartas oceânicas às fichas de silício: a viagem da era digital da Air Liquide a Singapura
Há séculos, navegadores portugueses lançaram expedições ousadas ao desconhecido, mapeando rotas marítimas que ligavam continentes e desencadeavam o comércio global. Hoje, essa mesma curiosidade destemida espelha-se não só em empreendimentos portugueses, mas também em empresas visionárias como a Air Liquide, cuja expansão para a florescente indústria de semicondutores de Singapura capta tanto o espírito pioneiro do passado como o ethos de quebra de fronteiras da era digital.
Em um mundo agora definido mais por fluxos de dados do que correntes oceânicas, a Air Liquide está investindo € 70 milhões para construir, possuir e operar uma instalação de produção de gás industrial de alta tecnologia no Tampines Wafer Fab Park, em Cingapura. Este centro estratégico, central para a produção de semicondutores do país, acolherá o mais recente esforço da Air Liquide para alimentar as tecnologias que alimentam o mundo moderno.
Tal como os navios portugueses que outrora transportavam especiarias e ciência através dos continentes, a Air Liquide vai agora fornecer azoto, oxigénio e árgon de altíssima pureza, que é crucial para o fabrico de semicondutores, à VisionPower Semiconductor Manufacturing Company (VSMC), uma joint venture da Vanguard International Semiconductor Corporation e da NXP Semiconductors. Mas os navios de hoje são oleodutos e algoritmos, e os exploradores são engenheiros, cientistas de dados e estrategistas globais.
Esta não é apenas uma expansão industrial, é uma viagem da era digital. A nova instalação incorporará a solução Carrier Gas da Air Liquide, oferecendo eficiência energética líder do setor e uma pegada compacta. Ao fazer isso, ele se alinha perfeitamente com as crescentes demandas de produção de chips de próxima geração e tecnologia verde, criando uma ponte entre sustentabilidade e alto desempenho.
O setor de semicondutores agora responde por mais de 20% da fabricação de Cingapura, e o movimento da Air Liquide consolida seu papel como um facilitador fundamental da resiliência da cadeia de suprimentos. Mas, de forma mais ampla, esta iniciativa exemplifica como as empresas modernas navegam nas correntes da inovação global, espelhando a Era dos Descobrimentos com uma nova bússola – a internet, a tecnologia em nuvem e a pesquisa e desenvolvimento global interconectados.
Tal como Portugal outrora ligava Oriente e Ocidente através do comércio marítimo, os exploradores de hoje mapeiam os mares invisíveis da World Wide Web, levando consigo não só produtos, mas também conhecimento, tecnologia limpa e progresso partilhado. O investimento da Air Liquide em Singapura é uma convergência perfeita destas épocas: uma viagem através das fronteiras digitais e geográficas, impulsionada pelo mesmo impulso que outrora lançou caravelas em direção a horizontes desconhecidos.
Neste mundo interconectado, Singapura não é apenas uma localização estratégica, e vou dizer-lhe mais depois da minha viagem de negócios e visita em julho, é um ponto de chegada para a inovação focada no futuro. E a Air Liquide não está simplesmente a expandir-se; Está navegando corajosamente em um novo capítulo global, onde o vento nas velas vem da inovação, sustentabilidade e coragem para explorar.
Das bússolas ao código, das cartas oceânicas às plantas de semicondutores, o espírito de exploração perdura na nossa alma portuguesa, e empresas como a Air Liquide estão a provar que, na era da WWW, as descobertas mais valiosas ainda estão por vir.
 
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