O Momento de Portugal: Construir um Hub Tecnológico Único para a Europa
Portugal encontra-se num ponto fulcral do seu percurso de inovação. Não está mais tentando replicar o Vale do Silício – está esculpindo seu próprio caminho. Com uma forte mistura de talento, estilo de vida, apoio institucional e ambição internacional, Portugal está a tornar-se um centro tecnológico global nos seus próprios termos.
Sim, existem comparações com outros ecossistemas, mas o verdadeiro poder de Portugal reside na autenticidade. Sua crescente cena tecnológica não precisa imitar a Califórnia. Ela prospera ao abraçar sua própria identidade, baseada na comunidade, criatividade e colaboração.
O modelo de inovação do país está evoluindo rapidamente. Iniciativas como a Empowered Startups, em parceria com universidades de Leiria e Coimbra, são a prova de que a investigação académica se pode traduzir em empreendimentos globais. Estas não são apenas startups, são motores de valor real e sustentável, apoiados por conhecimento, mentoria e alcance de mercado.
Para além da tecnologia, o "soft power" de Portugal é importante. Segurança, qualidade de vida e abertura ao talento global fazem dela um ímã para fundadores e nômades digitais. Não é apenas um ótimo lugar para viver, é uma base inteligente para lançar em toda a Europa.
Estrategicamente, Portugal está a alinhar-se com grandes iniciativas da UE – desde a Estratégia de Startups da UE a regulamentos simplificados como o Regime 28º e a European Business Wallet. Junte-se a isso vistos de startup, estruturas fiscais mais inteligentes e um ambiente de negócios cada vez mais ágil – e Portugal se torna uma das plataformas de lançamento mais atraentes da Europa.
Mas a infraestrutura e os incentivos por si só não são suficientes. O verdadeiro divisor de águas é a mentalidade.
Portugal já tem talentos de topo. O capital está a seguir. Agora, devemos abraçar a ousadia — encorajando a assunção de riscos, aprendendo com o fracasso e recompensando a ambição. Os empresários não devem esperar por autorizações ou subsídios; Eles devem se sentir capacitados para agir, construir e se conectar globalmente.
Histórias de sucesso como a Sword Health, a Tekever e a Critical Software mostram o que é possível. Mas estas histórias devem tornar-se a regra, não a exceção. Isso significa aumentar as expectativas – das instituições públicas às salas de aula, da política à prática.
Portugal não está a seguir um plano. Está a escrever o seu próprio. E, ao fazer isso, está capturando a atenção global — não por ser uma cópia, mas por se tornar um hub de tecnologia ousado, colaborativo e centrado no ser humano, com uma identidade clara e a confiança para liderar.
O futuro é de Portugal para moldar. E o mundo está de olho.
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